ANATOMOPATOLÓGICO

O exame anatomopatológico visa o diagnóstico de uma doença (patologia) por meio da análise de fragmentos de tecido ou órgão retirados por procedimentos de biópsia ou cirurgia.

 

Metodologia:

A biópsia é o ato de coleta de um ou mais fragmentos de um órgão a exemplo de pele, mama, fígado, etc. Peças cirúrgicas são aquelas provenientes de procedimentos cirúrgicos mais complexos, retirando-se órgãos inteiros ou parcialmente. Em ambos os casos, outro(a) profissional médico(a) realiza a coleta deste material e o submerge em solução fixadora.

Os materiais são encaminhando para o laboratório onde são processados e cortados em fatias finas e transparentes as quais são distendidas em lâminas de vidro e tratadas com corantes que permitem a visualização das suas características morfológicas ao microscópio.

A técnica básica utiliza dois corantes: a hematoxilina, que tinge estruturas nucleares em azul, e a eosina, que tinge estruturas citoplasmáticas em vermelho/rosa. Muitos outros corantes podem ser usados, levando em consideração sua capacidade de reagir com substâncias específicas do tecido ou mesmo de agentes infecciosos, como bactérias ou fungos.

 

Procedimentos de fixação e acondicionamento:

Os materiais coletados devem ser acondicionados em frascos com boa vedação e imediatamente imersos em Formol (formaldeído a 10% tamponado) em volume superior ao tamanho do fragmento, garantindo completa submersão. Este procedimento visa a fixação do material, garantindo sua integridade morfológica. O tempo ideal de fixação é entre 24 a 48h, não devendo ultrapassar 5 dias.

É inadequado utilizar outras substâncias para fixação (soro fisiológico, álcool ou solução de meio líquido), pois estes permitem alterações de autólise e artefatos que inviabilizam tecnicamente a análise.

Imprescindível que o material esteja adequadamente identificado com etiqueta contendo o nome completo do paciente, data de nascimento, designação da amostra e de sua topografia.

 

Como solicitar o exame:

Necessário encaminhar junto do frasco com material fixado a requisição médica, essa devidamente preenchida com letra legível ou digitalizada, contendo no mínimo:
– Nome completo do paciente;
– Data de nascimento do paciente;
– Sexo do paciente;
– Qualidade do material (de qual órgão e topografia foi feita a biópsia);
– Nome completo do(a) médico(a) solicitante;
– CRM do(a) médico(a) solicitante;
– Assinatura manual ou digital do(a) médico(a) solicitante;
– Informações de convênio do paciente (SUS, Planos de Saúde, Particular…).

Além das Informações mínimas obrigatórias, outros dados adicionais como, CPF, nome da mãe, laudo de exames prévios do paciente, alterações no exame clínico e hipóteses diagnósticas são muito importantes para otimizar o correto diagnóstico.

Fale conosco pelo WhatsApp!